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Recebi um paciente coronariopata grave em avaliação pré operatória para revascularização.
Com 70 anos e sintomático aos moderados esforços para Dispnéia, o ecocardiograma é uma peça fundamental para a conduta.
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Com 11 linhas de na conclusão, o laudo mais atrapalha do que ajuda.
Vejam que confusão na descrição das alterações segmentares!!!
Que parte mesmo foi afetada?
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Com 5 linhas que não acrescentam ao diagnóstico uma vírgula sequer, incluindo o eternamente presente refluxo tricúspide!
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São laudos assim que confundem o cardiologista e justificam novos exames como RM, Tomo e Cateterismo.
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Vamos lançar uma campanha EchoTalk:
Conclusão de laudo com máximo de 5 linhas!!!
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Lembrou uma visita de enfermaria em que eu (R2) descrevi o eco: “acinesia ântero apical, ínfero apical, apical do septo, e látero apical”… aí o contratado disse: “em suma, apical”.
Resumindo…é isso. rsrs
Descrever como Acinesia Ântero-septo-apical pra você estaria incompleto?
Melhor uma frase que leve a leitura completa do texto para quem entende do que confusão na cabeça de quem lê e não entende.
O problema não está na descrição , para isso existe uma parte do laudo específica, o problema é que descrever em uma conclusão , causa é confusão! Talvez 5 linhas neste caso já seja demasia. Talvez uma conclusão do tipo: Miocardiopatia isquêmica importante com rebaixamento da função do ventrículo esquerdo já fosse o bastante para alertar o clínico! Na minha opinião, o recado que interessa!
Concordo. Laudo têm que ter uma conclusão simples para o clínico
Concordo Beto,mas já ouvi reclamação de um clínico que não havia na conclusão a descrição detalhada que o aumento moderado do átrio esquerdo tinha sido encontrado pelo volume médio indexado pela superfície corpórea do paciente,sendo que essa informação encontrava-se no corpo do laudo!
Sempre tem um crítico detalhista. Mas ele está errado em pedir esse dado na conclusão. Você sabe que aqui em Campinas dissemos que quem lê com atenção o laudo é só o concorrente!! rsrs
Conclusão muito extensa e confusa sem dúvida. Curiosos também são aqueles laudos em que escrevem na *conclusão*: “ausência disso, ausência daquilo, ausência daquilo outro” e mais uma série de “ausências”, que já foram referidas no corpo do laudo. Quando poderiam escrever apenas: “Exame Normal”
Concordo, presença de ausência é uma contradição!!!
Agora entendo por que os espaços para a conclusão no laudo do Hospital de Base de SJRP eram limitados a 6 campos. Quanto mais vc escreve, mais vc se enrola.
Escrever muito aumenta a chance de equivocos na interpretação. Faça como os Radiocardiologistas, que dão laudos de 1 página e 1 conclusão.