Corrigindo erros de português no Ecolaudo, lembrei dos meus tempos na avenida Brasil.
Na época, erros de português levavam a pontos negativos e acumular pontos negativos levava a sanções, advertências verbais e outros melindres. A agenda era de 15/15 minutos e o laudo era pré histórico, sem Windows e sem opções rápidas. Quanto mais o examinador digitar frases, mais chances de erros de português. Era então juntar a agenda apertada, um laudo ruim e estava feita a pontuação negativa!
Éramos mais de 20 ecocardiografistas, ganhávamos mal por exame e ainda tinhamos de aguentar o “patrão” nos dando pontos negativos. Nunca vi alguém satisfeito no ambiente. Era contra todos os princípios modernos de administração, opressão dos funcionários e pagamentos inferiores ao mercado.
A empresa não tinha mais donos, foi vendida na bolsa e virou um grupo financeiro. O preço das ações só caem desde o lançamento. Parece que negócios de verdade, envolvendo serviços médicos, ainda precisam de humanidade.