Eco para atingir metas de HAS

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Alguns casos de hipertensão resistente chamam a atenção no ambulatório de HAS da UNICAMP.

Histórias de hipertensão de longa data, não controladas mas com ECG e Eco normais ou pouco alterados.

A MAPA revelando que não era “jaleco branco” e sim HAS sustentada.

Como pode existir sem afetar o coração ?

Um Eco com Aorta pequena em hipertensos sempre deve gerar uma interrogação .

Como pode a Aorta ser normal em um regime de hipertensão sistólica e diastólica?

Três casos assim apresentavam insuficiência mitral leve e foi possível estimar a pressão sistólica máxima!

Todos tinha sistólica máxima abaixo de 140 mmHg apesar da medida braquial indicar PAS acima de 170 mmHg.

Eram todos hipertensos com menos de 60 anos.

O exame das carótidas mostrou espessamento da íntima-média acima de 50% do esperado.

O fluxo na Braquial apresentava fluxo retrógrado pós sistólico amplo.

Concluímos que se tratavam de casos raros de falha da medida tradicional da pressão arterial por artérias de difícil compressão com o manguito.

De fato, captamos fluxo com Doppler na Radial mesmo com 200 mmHg de pressão no manguito !

Optamos por retirar gradualmente os medicamentos, uma das 5 classes por vez.

Estamos fazendo o acompanhamento com medida da pressão ventricular com o Eco e nada muda, isto é, o pressão continua abaixo de 140mmHg.

Interessante uso do Ecocardiograma.