Da anatomia pro 3D, sem passar pelo modo B


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A leitora Lara, filha de um estimado colaborador, pergunta sobre curso de eco 3D.
Para responder, conto a seguinte passagem:
– Ao sair de um restaurante para pegar seu carro, meu amigo Bruno, notou ao chegar ao carro, na rua escura, que havia perdido as chaves.
Voltou então a porta iluminada do restaurante para procurar no chão.
Aí a constatação:
– Quem disse que ele havia perdido as chaves naquela regiao da rua em frente ao restaurante?
Ele não sabia, mas instintivamente, procurou no local onde havia luz, onde ele poderia enxergar com clareza.
Agimos assim, usamos sempre em primeira mão os conhecimentos sedimentados.
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Assim fazemos, quando analisamos um filme em 3D, tentamos converter a imagem para o modo B para entendê-la!
Mas está errado.
É direto da anatomia para o 3D.
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Infelizmente, não conheço nenhum curso de ECO 3D ou realizador de exame em 3D que tenha demonstrado entender essa diferença.

Vamos comprar um Eco 3D?


50 leitores votaram na enquete sobre 3D.
16, como eu, estão juntando dinheiro, 31%.
32, ou 62%, nem pensam nisso.
3 trabalham pro Morcerf e já têm o 3D na cabeça!
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Essa notícia deve ser desanimadora para as empresas de aparelhos.
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Veja a imagem acima em separado, click e aumente. AQUI
Parece e é esquisito, não é?
Aparentemente, mais confunde que elucida.
Agora, esqueça tudo de modo B que você sabe e lembre apenas da anatomia.
Estamos vendo a mitral pelo teto do átrio.
Note a abertura perfeita da valva, veja como o anel é tracionado para baixo na sístole e é solto na diástole.

Por falar em métodos de imagem

A)O benefício potencial de angiografia coronária não invasiva é susceptível de ser maior e é razoável para os pacientes sintomáticos que estão em risco intermédiário de doença arterial coronariana após estratificação inicial, incluindo pacientes com stress equivocados, resultados do teste. (Classe IIa, nível de evidência B)

B) As preocupações relativas à dose de radiação limitam o uso do CTA coronária em pacientes de baixo risco; doentes com alto risco de estenoses coronárias são susceptíveis de exigir a intervenção invasiva por cateter para angiografia e avaliação definitiva; assim, CTA não é recomendado para aqueles indivíduos. (Classe III, nível de evidência.

C) Pronunciado calcificação pode prejudicar a interpretação e precisão das coronárias CTA e, assim, a utilidade do CTA é incerto, nestes indivíduos. (Classe IIb, nível de evidência B)

Say "NO" to the D I C


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Procurei nos outros países, exemplos de outros departamentos e sociedades de ecocardiografia que optaram por virarem departamentos de imagem em cardiologia.
Não encontrei.
Até na Argentina, nossa vizinha e mais européia, continua sendo:
Comité de Ecocardiografía
Presidente: Miguel Angel Tibaldi

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Nos EUA, a American Society of Echocardiography é fortíssima, não aparenta mudança.
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Seria então uma idéia original brasileira?
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Prefiro imitar quem faz certo do que inventar sem saber fazer o básico.

Diga não ao D I C


As vezes o perigo está mais perto que parece.
Ao juntarmos no mesmo departemento os primos pobres, ecocardiografistas, com os primos ricos, cardio-radiologistas, advinha quem vai ter maior visibilidade? E mais patrocínio?
Ouvi de um diretor de empresa de imagem que os interesses atuais são apenas para ressonância e tomografia, máquinas de mais de 1 milhão de custo e mais de 30 mil de manutenção!
No congresso DEPECO-DIC, veremos então aulas de ressonância e tomografia sufucando o ecocardiograma, com imagens pós processadas e verbas gigantescas.
O DIC vai virar, fácil, fácil, despedida das imagens convencionais.

ECOHALTEROFILISTA

Meu portátil pesa 4,5 kg.
Com as duas sondas e o cabo de rede: 6,0 kg.
Sua maleta oficial pesa 6 kg.
Total 12 kg para cima e para baixo.
Considero portátil, algo com menos de 5 kg! Pode ser carregado sem sofrimento durante a semana. Mais que isso já é sacrifício.
Um bom notebook pesa no total 4kg, maleta incluída.
Ninguém leva em conta a maleta quando fala o peso do equipamento!
O portátl mais leve do mercado pesa mais de 12 kg no trajeto carro-clínica…

E as microbolhas vão para…

Parece mesmo que será a Cristália que venderá microbolhas Definity no Brasil a partir do mês que vem.
Talvez a empresa fique empolgada com o produto e coloque seus representantes para vendê-lo em todo país, usando seu conhecimento do mercado hospitalar.

OU…

Ela contrata os mesmos marqueteiros das campanhas falidas anteriores, continua com um preço proibitivo e afunda como as 2 antecessoras.
Menos os marqueteiros, que vão saltar antes e vender a mesma idéia para a próxima empresa.