Austin Flint Revisitado

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MRI of the Heart Revealing a Central, High-Velocity Jet Projecting into the Left Ventricular Cavity. The jet clearly strikes the anterior mitral-valve leaflet, causing distortion and premature closure during diastole.

Texto do NEJM

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O texto do blog cardiopapers têm esse entendimento:

“O jato regurgitante aórtico pode ficar direcionado para o folheto anterior da valva mitral, impedindo-o de abrir adequadamente durante a diástole ventricular. Isto pode causar um padrão similar ao da estenose mitral, inclusive com sopro diastólico em ruflar. Esse sopro é chamado de  Austin Flint. A vibração do aparelho mitral normal durante a regurgitação aórtica (seta) causa uma estenose mitral funcional.”

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Pensamos que a intensidade do jato no folheto anterior pode limitar a abertura, como vemos no filme, mas essa limitação da abertura está longe de causar estenose mitral em uma válvula normal.

Certamente o aumento na pressão diastólica do VE que ocorre em todas as insuficiências aórticas, é compensado por elevação das pressões atriais. Também o estiramento maior das fibras ventriculares pode geram uma sucção ainda maior do conteúdo atrial, dois fatores que somados, podem aumentar a velocidade transvalvar , gerando sopro. 

Também acreditamos que a própria vibração do folheto anterior, caudada pelo jato de refluxo, contribui para o sopro.

São abstrações que o estudo da sucção (onda e´) e a análise dinâmica podem gerar.

 

Contraste Espontâneo

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Somos de um tempo em que o achado de contraste espontâneo era raro.

Alguns estudos relatavam relação com o risco de trombos e AVC.

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Principalmente na Estenose Mitral e Aneurisma do ventrículo.

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Com os transdutores atuais de alta frequência ou segunda harmônica, ficou mais comum como achado de exame, mas ainda em condições de estase.

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Uma teoria interessante para explicar o achado é a do “Catchup”.

Alguns fluidos reagem a pressão com mudança de sua fluidez.

Isso faz com que o catchup saia em quantidade exagerada quando colocamos muita pressão na recipiente, pois após o aumento da pressão ele fica mais fluido e vaza facilmente.

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Pode ser que aconteça o mesmo com o sangue em áreas de estase, pois áreas de estase geralmente estão associadas a maior pressão. 

Assim, ao modificar sua fluidez, cria zonas de impedância acústica diferentes e gera as imagens de contraste espontâneo.

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É só uma teoria mas explica por que o número maior de trombos, pois existe a estase com aumento da pressão.

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